quarta-feira, 18 de março de 2015

PERSEGUIÇÃO IDEOLÓGICA? MACHISMO OU INVEJA? OU TUDO JUNTO?

Jair Wingert: “Não conceder o titulo de cidadã campo-bonense a Maria do Carmo é um ato cruel, deselegante e tem conotação de perseguição ideológica”
Câmara de forma “secreta” reprova homenagem à primeira mulher vereadora de Campo Bom
O vereador Jair Wingert (PSB) classificou de constrangedor e machista a reprovação na segunda-feira (16.03) do seu Projeto 02/2015 que concederia o título de cidadã campo-bonense a educadora e ex-vereadora Maria do Carmo da Silva. O projeto foi votado de forma secreta e obteve 6 votos contra, 2 abstenções e 3 votos favoráveis. Maria do Carmo foi vereadora em duas legislaturas, atuou por longos anos como professora e tem atuação destacada na área cultural e de voluntariado, além de ter sido uma das fundadoras do PSB, tendo concorrido a vice-prefeita na chapa liderada pelo médico Paulo Roberto Calegari Azevedo (PT) em 1992. Atualmente é filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) de Campo Bom. Maria do Carmo foi a primeira mulher a ser eleita vereadora em Campo Bom em 1976. O vereador Jair Wingert se diz triste com a posição do legislativo e atribui a reprovação a perseguição ideológica e machista. “Jamais voto contra homenagens, pois é uma forma de resgatar a história, mas no planeta Campo Bom existe coisas que a nossa vã filosofia desconhece”.
Primeira mulher vereadora, educadora e ativista política.
A votação teve três votos favoráveis e coincidentemente a oposição possui três vereadores”, destaca Wingert que segue “Só no planeta Campo Bom é que requerimento é rejeitado, pedido de informação é votado contra. Esta forma truculenta de fazer política é prejudicial para a população. As pessoas deveriam assistir as sessões do Legislativo para ver tudo o que acontece e tirar suas conclusões. Não conceder o título de cidadão campo-bonense a uma pessoa de quase 80 anos como é o caso da professora Maria do Carmo demonstra pequenez de alma. A primeira mulher a se eleger vereadora em nossa cidade. Professora atuante e alguém que sempre defendeu o pobrerio como receitava seu pai. Fico triste, constrangido e acho que jamais poderia o parlamento ter feito algo tão deselegante com alguém que fez muito por Campo Bom e por nossa gente. O ex-vice-prefeito José Carlos Breda de relevantes serviços prestados a Campo Bom também teve reprovado em 2009 um projeto que lhe concedia o título de cidadão campo-bonense. Não entendo porque tanto ódio, não seria mais fácil a gente respeitar o que é diferente?” questiona o vereador que ainda prossegue em sua análise: “Lamentável, mas alguns fazem política com o fígado e guardam mágoas na geladeira, respeito a decisão da maioria, mas não concordo, perdemos uma oportunidade ímpar de prestar esta justa homenagem a esta mulher; educadora, guerreira e que a vida inteira lutou pela construção de uma sociedade mais justa e fraterna”, finaliza Jair Wingert (PSB).

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